Inverno chegando… lareira… filmes na TV e comidas deliciosas no cardápio da família. Quem diz não ligar para o inverno, não sabe o que está perdendo! Na estação, onde estar acompanhado faz toda a diferença, resistir a um bom prato é impossível. E essa regra vale tanto para os convidados, quanto para os anfitriões.
Se você gosta de aproveitar as férias e as baixas temperaturas para reunir os amigos em casa servindo com elegância e praticidade, precisa conhecer as maravilhas que uma raclette pode fazer.
Ainda não conhece esse utensílio indispensável nas noites frias? Pois saiba que, segundo sua lenda, a necessidade dos montanhistas alpinos de aquecer alimentos não perecíveis durante suas pernoites nas montanhas fez com que a raclette surgisse. O queijo que levavam era aquecido no calor da lareira tornando-se muito mais fácil de ser colocado sobre as batatas. Esse ritual é seguido até hoje e de lá pra cá os invernos nunca mais foram os mesmos.
É claro que atualmente ela já está moderninha e facílima de manusear. É só aquecer sua resistência e, a partir dos suportes individuais, cada um dos convidados monta seus próprios pratos. Para fazer raclette você precisa da racleteira. No mercado você encontra opções para 4, 6, 10 e até 12 pessoas.
O raclette (no masculino) é um tipo de queijo suiço de consistência média.
A raclette (no feminino) é um prato típico suiço, à base do queijo homônimo. Na sua preparação, o queijo é aquecido e raspado sobre os pratos dos comensais. O termo deriva do francês racler, que significa raspar.
Bem, assim é a raclette original, lá da Suiça, mas por aqui já rolaram adaptações e cada pessoa acaba fazendo da sua maneira.
Primeiro, por aqui rola também com outros queijos além do raclette. A preferência, claro, são os queijos do tipo suiço – gruyére, emmental, maasdam – mas também dá para usar estepe, gouda, mussarela… Como eu disse cada um usa os queijos de sua preferência. O queijo é a estrela da raclette, por isso é bom caprichar. Se você não encontrar o queijo raclette, não hesite em fazer outras combinações. Mas, lembre-se: dê preferência aos queijos que derretem bem.
Os acompanhamentos também podem variar, mas o clássico é mesmo com batata, pickles e alguns tipos de frios, geralmente os mais puxados na gordura. Aliás, raclette é um prato gorduroso, não se iluda. Por isso, assim como o fondue, é um prato perfeito para o inverno, também para ser saboreado como um ritual, sem pressa, na companhia de amigos e boas garrafas de vinho.
Há quem leve a batata à racleteira sem o papel alumínio, porém com ele, a temperatura se mantém melhor. A batata (média), com casca e tudo é lavada e cozida com um pouco de sal (lembre-se que a maioria dos queijos já é salgados) e cravos espetados. Depois, é só retirar os cravos, embrulhar no alumínio e deixar na parte de cima da racleteira. Cada um se serve de uma batata (a conta é mais ou menos 2 por pessoa) e vai montando sua combinação de queijos… leva à racleteira, derrete e arrasta para o prato, por cima da batata.
Providencie também alguns frios – salame, parma, copa, lombinho são perfeitos. Os frios vão na montagem das pás de queijo ou, se preferir, direto ao prato.
Ah! Não se esqueça dos pickles – pepino em conserva é fundamental na raclette!
Como disse, adaptações existem e por isso, também gosto de fazer raclette com tiras de abobrinha ou berinjela – ficam uma d-e-l-í-c-i-a com o queijo derretido por cima… hmmm…Dá pra fazer também com cogumelos portobelo, fundos de alcachofra…etc.
Se você já está com água na boca e curioso para saber como é que tudo realmente funciona, prepare-se… E vamos às receitas para serem preparadas em sua nova raclette. Bom apetite!