PIZZA – o prato mais democrático do mundo!
Dia 10 último passado comemoramos o “Dia da Pizza”, e claro, não dá para deixar de mencionar, pois se existe um prato que é quase uma unanimidade nacional na aceitação, sem dúvida é a pizza!
O Dia da Pizza é comemorado em 10 de julho, desde 1985, em São Paulo. A data foi instituída pelo então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, por ocasião de um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas de mussarela e margherita. Empolgado com o sucesso do evento, ele escolheu a data de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de comemoração desse prato maravilhoso!
A História – Primeiro, o homem descobriu que a farinha resultante dos grãos de cereais que ele moia com duas pedras, misturada em água e depois assada sobre uma pedra quente, transformava-se em alimento capaz de saciar sua fome e lhe dar muita energia. Assim, nasceu o pão, por volta de 10 mil anos atrás, quando o homem já dominava o fogo e dava início ao cultivo de cereais. Com a descoberta da fermentação da massa e do forno pelos egípcios, há cerca de seis mil anos, os pães foram enriquecidos por outros ingredientes. Babilônios, fenícios, persas, hebreus e egípcios misturavam farinha de vários tipos de cereais e água, para assar em fornos rústicos, no formato de discos finos ao qual chamavam “Pão de Abraão” (parecido com os pães árabes atuais). Acredita-se que essa tenha sido a base de origem da pizza. Os Gregos a chamavam de “maza”; os romanos de “placenta” ou “offa” e seus nobres, se deliciavam com a massa assada coberta por ervas e alho. Três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão em forma de disco. Os turcos muçulmanos também adotaram este costume durante a Idade Média. Acredita-se, que com as Cruzadas (século XI a XIV), a prática de acrescentar cobertura ao pão, tenha chegado à Itália pelo porto de Nápoles, cidade conhecida como “a princesa do Mediterrâneo” e considerada o berço da pizza. Realmente, círculos de massa assada recobertos com ervas e especiarias eram alimentos populares entre os pobres do sul da Itália, onde surgiu o termo “picea”. Não muito tempo depois surgiu a palavra pizza. Acredita-se que “picea” derive de “pinsa” (do verbo latino Pinsere – pisar sobre, esmagar, moer, reduzir a pó). Porém, há quem afirme que pizza vem do grego “pitta” (pão achatado); ou da palavra alemã antiga “bizzopizzo” (hoje, “bissen – pedaço de pão”). Impossível saber a origem correta, mas uma coisa é certa, a pizza, como a conhecemos, é napolitana.
Com o descobrimento da América, os espanhóis levaram para a Europa, o tomate.Usado a princípio como planta ornamental, por acreditarem que seus frutos fossem venenosos, chegou à Itália em 1554, pelo porto de Nápoles, onde perdeu o estigma de veneno e tornou-se muito popular.
No final da Idade Média, a pizza começa a definir seu caráter democrático, oscilando entre o uso popular e o gosto aristocrático. No século XVIII, as pizzas eram feitas em fornos à lenha (construídos de tijolos ou pedras vulcânicas) e vendidas nas ruas de Nápoles por meninos que traziam na cabeça pequenas estufas de estanho para mantê-las aquecidas. Este incômodo método de vendas tornou o novo prato ainda mais popular.
Durante todo o século XIX, os pizzaiolos oferecem novos tipos de pizzas a preços variados convertendo-a num produto tão conhecido, que até a aristocracia queria consumi-la. Também nesse período, em 1780, Pietro Colicchio inaugura, perto do palácio real de Nápoles, a primeira pizzaria do mundo, que passou às mãos de Enrico Brandi anos depois; e em 1889, seu genro- Raffaele Esposito, considerado o melhor pizzaiolo daquele tempo, foi convidado ao palácio real de Capodimonte para preparar sua especialidade aos reis da Itália: Umberto I de Sabóia e sua esposa, a rainha Margherita. Esposito preparou uma pizza especial para a rainha e com um toque patriótico – as cores da bandeira italiana (vermelho, verde e branco); isto é, molho de tomate, mozarela e manjericão, que batizou como Pizza Margherita, nome sob o qual se tornou universalmente conhecida.
A história virou notícia e se espalhou junto com a receita, por toda a Itália. Daí para o mundo, foi um piscar de olhos!