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Quaresma é a palavra utilizada para designar o período de preparação para a Páscoa que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira da Semana Santa. No passado, durante a Quaresma, havia a total proibição da ingestão dos alimentos de origem animal; assim, o bacalhau tornou-se o grande substituto à abstinência de carne, especialmente pela sua versatilidade no preparo, boa conservação e abundância na Europa e América —- era um dos alimentos levados por navegadores nas longas viagens.
Na Semana Santa, os cristãos recordam as cenas mais dramáticas da história de Jesus: a prisão, a tortura, a humilhação, o abandono no alto da cruz. Existe também um episódio da Semana Santa que é lembrado todos os dias nas igrejas, durante a missa, diante do altar: a última ceia.
A palavra “páscoa” vem do hebraico e significa “passagem”. “A Páscoa, para o povo judeu, relembra a saída do Egito. Jesus, antes da sua morte, se reuniu com os seus discípulos, e celebrou, como faziam todas as famílias judaicas, a páscoa.
E como era a ceia?
“O que se supõe é que se eles estavam realizando a ceia pascal judaica, haveria pão, cordeiro, vinho e ervas amargas”, segundo Henrique Carneiro, historiador da USP. Se a ceia de Jesus seguiu os costumes judaicos, o pão era ázimo, (pão ázimo ou asmo, matzo (ídiche) matzá (hebraico), um tipo de pão assado sem fermento, feito somente de farinha de trigo (ou de outros cereais como aveia, cevada e centeio) e água. A preparação da massa não deve exceder 18 minutos para garantir que a massa não fermente). E a erva amarga, que pode ser qualquer verdura com gosto amargo, para lembrar o amargor da vida dos escravos no Egito.
Existem alguns símbolos que marcam a comemoração da páscoa e apresentam um significado específico; os principais são:
O cordeiro (foi sacrificado em homenagem à libertação do povo de Deus, os hebreus, pois fugiram do Egito onde eram escravizados. Moisés sacrificou um animal para representar o sacrifício de seu povo durante vários anos. Para os Cristãos, o cordeiro representa Jesus Cristo, crucificado e sacrificado por nossos pecados),

o sino (seu som festivo anuncia o ressurgimento de Jesus, sua ressurreição no o círio pascal (é uma vela acesa, que significa o renascimento, a luz de Cristo que ilumina nossos caminhos e nossas vidas, tendo Ele ressuscitado das trevas. No círio pascal aparecem os símbolos alfa e ômega, demonstrando que Deus é o princípio e o fim de tudo),

o girassol (O girassol é a forma de mostrar que a humanidade deve seguir a luz de Deus, assim como essa flor segue a luz do sol; onde quer que o sol esteja a flor está voltada para o seu lado),

o pão e o vinho (Esses elementos passaram a ser considerados como o corpo e o sangue de Cristo em busca da vida eterna).

Outros Símbolos Pascais

Pomba: Caracterizada na “Colomba” pascal = pão doce com a forma da ave, semelhante ao panetone, diferenciando-se pelo uso mais acentuado de cascas de laranja cristalizadas, que substituem as uvas passas. Sua receita contém mais manteiga e ovos e pode receber cobertura de glacê, amêndoas ou chocolate. Criada por um confeiteiro do norte na Itália, representa a vinda do Espírito Santo sobre os povos cristãos, além de ser um símbolo de paz, que representa a paz em Cristo.

Coelhinho da Páscoa: O coelho, apesar de ser um mamífero e por conseguinte não botar ovos, assumiu o papel de produtor e entregador dos ovos de Páscoa. Isso devido à notória capacidade de reprodução desses animais que se tornaram símbolo da fertilidade. A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700.

Ovos de Páscoa : Os ovos guardam em si a imagem de uma nova vida, por isso foram adotados como símbolo de renovação. Em alguns costumes pagãos, o Céu e a Terra são formados pelas duas metades de um ovo. Os persas acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa. No Antigo Egito e Pérsia, eram pintados em tons primaveris. As primeiras cestas de Páscoa se assemelhavam aos ninhos de pássaros. Antes, as pessoas colocavam os ovos nos ninhos em honra da deusa Eostre, a deusa da Primavera (descreve a direção do nascente – Leste); daí a palavra Easter. Na Grã-Bretanha, costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos. Os eslavos usavam decorações douradas e prateadas em seus ovos. Os armênios decoravam os ovos vazios com imagens religiosas. Na Alemanha, é antigo o costume de dar ovos de Páscoa às crianças, e teria, originalmente sido trazido por missionários que visitaram a China onde há muitos séculos já existia o hábito de presentear amigos com ovos cozidos e coloridos na Festa da Primavera do Hemisfério Norte, exatamente na época em que se comemora a Páscoa. Os ovos eram enfeitados a partir do cozimento com ervas que soltavam tintas fortes, entre as quais a fruta do tojo (que lhes dava uma cor amarelada), a beterraba e a casca da cebola. Edward I registra em 1290 a despesa de compra de milhares de ovos para serem distribuídos às pessoas de sua corte. A tradição dos ovos decorados chegou à Europa na Idade Média, levada pelos cruzados. Ovos de galinha e pata foram substituídos por ovos de madeira, prata e ouro, decorados com pedras preciosas. No século XVIII, a Igreja adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo, santificando um costume originalmente pagão. Na Europa católica, ovos coloridos passaram a ser bentos pelos cristãos e oferecidos aos fiéis. Na evolução do costume de se presentear na Páscoa com ovos, durante algum tempo eles foram confeitados e feitos de açúcar. Por fim, surgiram os ovos de chocolate. Os primeiros eram feitos de chocolate escuro, recheados, mas bastante simples. A evolução rápida e o refinamento atingem o auge nas décadas de 1830 e 40.

Chocolate: nome científico “Theobroma cacao”, batizado pelo botânico sueco Linneu, em 1753.Theobroma é o nome dado pelos gregos ao “alimento dos deuses”, o chocolate. Mas foi com as civilizações Maias e Astecas, as quais consideravam esse alimento sagrado que tudo começou. Na Europa, chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, a que se junta depois água, mel e farinha. Deve-se lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como bebida, acreditava-se que, além de afrodisíaco, dava poder e vigor aos que o bebiam. Também já foi considerado um pecado, um remédio, sagrado e profano. Chega o século XX; os bombons e ovos de Páscoa foram criados como uma forma de estabelecer o consumo do chocolate no mundo inteiro, aliado há um novo elemento: fonte de alimento de alto valor nutritivo e energético.

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